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sexta-feira, 19 de julho de 2013

No início foi sangue a sangue, não dá pra negar.

Me vi encurralada no meio de uma história maluca e a única opção que eu tinha era te esquecer e seguir a vida, assim, do nada. Foi tortura em pleno século 21. Eu juro que podia sentir cada pedaço, cada centímetro do meu corpo revirar e se contorcer pela saudade. Foram dias difíceis, lembro bem. Andava pela rua com aquele buraco enorme dentro do peito, rezando de minuto em minuto pra te encontrar nem que fosse na esquina, na fila do pão, no meio do mercado. Nunca aconteceu. Foram dezenas de noites em claro, centenas ou milhares de lágrimas. Você nem imagina quantas foram as vezes que te digitei uma mensagem e depois apaguei, quantas foram as vezes que digitei teu número e depois cancelei. Fui forte, mesmo com a dor. Mesmo com o coração implorando, a cada batida, pra ter mais um pouco de você. Você nunca foi do tipo que valia o risco, sempre soube – mesmo que a minha vontade fosse arriscar tudo do seu lado. Permaneci forte e ainda permaneço. O problema nisso tudo é que, mesmo que o tempo tenha passado, mesmo que eu nunca mais tenha te ligado ou te visto, ainda assim, vez ou outra, me pego ensaiando uma conversa boba pra quando a gente se reencontrar. Eu segui com a vida, mas parece que o coração insiste em achar que a vida é você. Ando em frente, mas ele insiste em querer ficar pra trás.
Teca Florencio

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